Resumo: | Em agôsto de 1956 procedeu-se à intradermo-reação de Mitsuda, com lepromina integral, em 254 escolares (143 masculinos e 111 femininos) de 5 a 13 anos de idade, não comunicantes de casos de lepra, pertencentes ao Grupo Escolar da Usina Santa Bárbara, Município de Santa Bárbara do Oeste, Estado de São Paulo. Os alunos que tiveram a reação de Mitsuda negativa, duvidosa ou 1+, administrou-se então 3 doses de 0,20 g de BCG, nas seguintes datas: 24-12-56, 13-2-57 e 14-3-57. Em agôsto de 1958, 17 meses após a Última dose de BCG, foi feita nova reação de Mitsuda, com 0,1 ml de lepromina integral, tanto nos alunos que haviam tomado BCG, como naqueles que não o tomaram. Os 254 escolares iniciais reduziram-se de 192 (11 do sexo masculino e 81 do sexo feminino), os quais foram separados em dois grupos: 1º grupo, calmetizado, de 149 escolares, sendo que 88 com reação de Mitsuda negativa ou duvidosa, e 61 com reação positiva 1+; 2º grupo, não calmetizado, de 43 escolares, sendo 30 com reação positiva 1+; 9 com reação positiva 2+; e 4 com reação positiva 3+. Os resultados da segunda reação de Mitsuda foram lidos 30 dias depois, e classificados de acôrdo com o critério do VII Congresso Internacional de Leprologia, de Tóquio, 1958, conforme se vê nos quadros I e II. Verifica-se que, no quadro I correspondente ao 1º grupo, calmetizado dos 88 escolares com reação de Mitsuda negativa ou duvidosa, 71 (80,68%) continuaram com reação negativa ou duvidosa; 17 (19,31%) passaram à reação positiva 1+. Dos 61 escolares com reação positiva 1+, 38 (62,29%) passaram à reãção negativa ou duvidosa, e 23 (37,69%) continuaram com reação positiva 1+. Quanto à intensificação da reação positiva, 1+, não houve nenhuma reação positiva 2+ ou 3+. Ao contrário, 62,29% dos casos perderam a positividade 1+. Os resultados do 2º grupo, dos 43 escolares não calmetizados, estão reunidos no quadro II:...(AU)^ipt.
|